segunda-feira, 9 de maio de 2011

Sem planejamento, entra o improviso


Infraero chama Exército para obras em Cumbica


A Infraero assinará esta semana um convênio com o Exército para iniciar imediatamente as obras do terminal 3 do aeroporto de Cumbica, em São Paulo. A ordem de serviço será fechada até sexta-feira.

A acordo prevê que o Exército comece a tocar a primeira fase do projeto, com a terraplanagem da área onde será erguido o terminal, além do espaço que receberá o pátio das aeronaves.

Procurada pela reportagem, a Infraero confirmou as informações, mas não deu mais detalhes sobre o convênio. A expectativa inicial da estatal, conforme adiantou o Valor em janeiro, era de que a equipe de engenharia de obras do Exército entrasse em Cumbica em fevereiro, mas esse cronograma foi comprometido pela série de mudanças promovidas pelo governo no setor aéreo. Desde então, a Infraero trocou de presidente, mesmo movimento feito na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e setor saiu das mãos do Ministério da Defesa, ficando sob a responsabilidade da Secretaria de Aviação Civil, recém-criada.

O início das obras vai ocorrer paralelamente à preparação do edital de concessão para construção do terminal. Também está prevista a entrada de empresas durante a fase de terraplanagem, atuando em conjunto com os militares.

O contrato firmado com o Exército é estimado em cerca de R$ 350 milhões. Os serviços de terraplenagem para a construção do terminal deverão movimentar 3,7 milhões de metros cúbicos de terra, sendo 1,7 milhão na escavação para o pátio de aeronaves e terminal e mais 2 milhões para o aterro da área. O orçamento estimado para essa etapa de obras é estimado em cerca de R$ 800 milhões.

A meta da Infraero é de que o edital de concessão do aeroporto de Guarulhos, o mais movimentado do país, seja conhecido no segundo semestre. Com seus dois terminais atuais, o aeroporto opera acima de sua capacidade. Listado entre as obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o terceiro terminal de Cumbica já tinha prazos fixados em 2008. A meta do governo, à época, era entregar a estrutura este ano. Enquanto o terminal não fica pronto, a Infraero vai lançar mão de módulos provisórios para dar conta da demanda. Serão erguidos três "puxadinhos" em Cumbica, com custo estimado de R$ 58,4 milhões.



Fonte: Valor Econômico, por André Borges 

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